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Por que comemos mais no frio? Entenda o que acontece com o corpo e como evitar o ganho de peso.

Com a chegada do inverno, uma cena se repete em muitos lares: aquela vontade irresistível de pratos mais calóricos, chocolates, massas, fondues e bebidas quentinhas. Não é só impressão: comer mais durante os dias frios é um comportamento comum  e tem explicações tanto fisiológicas quanto emocionais.

Mas afinal, por que sentimos mais fome no frio? E como equilibrar essa necessidade sem prejudicar a saúde ou ganhar peso? Neste artigo, vamos entender melhor essa relação entre clima e apetite, e trazer dicas práticas para atravessar o inverno com mais consciência e bem-estar.

O corpo precisa de mais energia no frio?


Sim, e isso tem base fisiológica. Durante os dias frios, nosso organismo precisa manter a temperatura corporal estável, em torno de 36,5°C a 37°C.

Para isso, ele gasta mais energia especialmente quando estamos expostos a ambientes gelados. Esse gasto energético é conhecido como termogênese, e em teoria, poderia justificar um leve aumento na ingestão calórica.

Entretanto, vale a ressalva: no nosso dia a dia moderno, a maior parte das pessoas vive em ambientes climatizados, protegidas do frio. Ou seja, o corpo não precisa necessariamente de tanto combustível extra quanto antigamente.

Segundo um artigo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (Ravussin & Bogardus, 1989), o metabolismo pode aumentar ligeiramente em baixas temperaturas, mas não o suficiente para justificar um aumento expressivo na ingestão de alimentos.


O papel das emoções e do conforto


Mais do que o frio em si, o que realmente nos leva a comer mais são as emoções associadas a essa estação. Os dias mais curtos e nublados podem afetar a produção de serotonina, um neurotransmissor ligado ao bem-estar e ao controle do apetite.

A queda na serotonina pode gerar sintomas como:

  • Mau humor,

  • Ansiedade,

  • Desejo por alimentos ricos em carboidratos e açúcares (como pães, massas, doces e chocolates).



Esses alimentos aumentam temporariamente a produção de serotonina, dando aquela sensação de conforto. Por isso, a fome no frio é muitas vezes emocional e afetiva, não apenas fisiológica.

Estudos, mostram que a ingestão de carboidratos realmente melhora o humor em dias frios, o que reforça esse comportamento.

Comer mais não é o problema, o exagero sim.

Ter mais fome no inverno pode ser natural, mas é preciso equilíbrio. Afinal, o risco está no excesso calórico constante e na redução da atividade física, que também costuma ocorrer nessa estação.

A combinação de:

  • maior ingestão de calorias,

  • menor gasto energético,

  • e alimentos mais calóricos e ultraprocessados,

acaba levando ao aumento de peso, especialmente se mantida por semanas ou meses.


Como driblar a fome no frio sem abrir mão do prazer?

Aqui vão dicas práticas e realistas para enfrentar o frio sem exagerar:

1. Priorize alimentos quentes, mas leves

Sopas, caldos e ensopados são ótimas opções desde que preparados com legumes, proteínas magras (frango, peixe, ovo) e sem excesso de creme de leite ou queijos gordurosos.

2. Aumente o consumo de fibras

Legumes, vegetais, grãos integrais e frutas com casca ajudam a dar saciedade, controlando o apetite e evitando beliscos fora de hora.

3. Mantenha a hidratação

No frio sentimos menos sede, mas o corpo continua precisando de água. Aposte em chás naturais, como camomila, erva-doce ou gengibre com limão, sem açúcar.

4. Não pule refeições

Ficar muito tempo sem comer aumenta a fome e pode levar ao exagero nas refeições seguintes. Mantenha uma rotina com lanches leves e refeições equilibradas.

5. Inclua fontes naturais de triptofano

Esse aminoácido ajuda na produção de serotonina. Ele está presente em alimentos como banana, aveia, grão-de-bico, ovos, castanhas e sementes.

6. Mexa-se , mesmo com preguiça.

Manter alguma atividade física (mesmo que em casa) ajuda a controlar o apetite, melhora o humor e acelera o metabolismo. Caminhadas, treinos curtos e dançar em casa já fazem diferença.


É importante lembrar que comer bem também é uma forma de autocuidado. Permitir-se saborear um prato quentinho ou um doce favorito de vez em quando é saudável, desde que feito com consciência e equilíbrio.

A chave está em ouvir seu corpo, identificar se a fome é real ou emocional, e fazer escolhas que alimentem não apenas o estômago, mas também o bem-estar.



Adaptado de Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira.

 
 
 

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